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Operação Macchina Nostra: denunciada organização criminosa que roubou e revendeu mais de 1,5 mil carros

Operação Macchina Nostra: denunciada organização criminosa que roubou e revendeu mais de 1,5 mil carros

marco

A Promotoria de Justiça Especializada no Combate aos Crimes de Lavagem de Dinheiro e Organização Criminosa apresentou à 8ª Vara Criminal do Foro Central de Porto Alegre denúncia contra 29 pessoas por integrarem organização criminosa com emprego de arma de fogo. Duas ainda deverão responder por comandarem o grupo. A denúncia decorre de um trabalho conjunto entre Ministério Público e Polícia Civil que culminou na prisão de 17 dos envolvidos durante cumprimento de mandados de prisão preventiva e busca e apreensão, ocorrido em 31 de março deste ano. Assinam a denúncia, oferecida nesta segunda-feira, 24, os promotores de Justiça Marcelo Tubino Vieira e Josiene Menezes Paim.

O MP pede, além da condenação, o perdimento dos bens apreendidos e sequestrados durante o cumprimento dos mandados, além daqueles que forem descobertos durante a instrução judicial (como joias, relógios, celulares, uma casa em condomínio fechado de Viamão com 357m², outra no balneário Jardim do Eden, em Tramandaí, bem como duas motocicletas, um caminhão e sete automóveis. Também, solicita a interdição para o exercício de função de cargo ou função pública por oito anos após o cumprimento da sentença.

ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

Entre outubro de 2015 e o dia 31 de março de 2017, nas cidades de Porto Alegre, Caxias do Sul, Gravataí, Viamão, expandindo-se para os estados de Santa Catarina, Goiás e Paraná, os denunciados integraram uma organização criminosa especializada em roubo de carros. Estima-se que tenham sido roubados mais de 1,5 mil veículos, apenas na Capital e Região Metropolitana, nesse período. Como exemplo, apenas um dos integrantes, em 12 dias, praticou 50 roubou. Isso porque os integrantes do grupo responsável pelos assaltos tinham metas semanais a cumprir, estipuladas pelos líderes Marcio Sotel e Leonardo Augusto Prestes. Depois de subtraídos, os veículos eram revendidos por aproximadamente 10% do praticado pelo mercado.

Por grupos de WhatsApp, os denunciados combinavam os modelos de veículos a serem roubados e, depois, estabeleciam os melhores lugares para que eles “esfriassem”, ou seja, locais que não haveria ação da polícia ou de seguradoras. Depois, ajustavam o local de entrega e, esporadicamente, faziam a clonagem das placas. Se não houvesse encomenda específica, os carros eram oferecidos em grupos de WhatsApp, onde havia até mesmo uma espécie de leilão. O grupo também fornecia documentação para “esquentar” os veículos roubados.

A organização criminosa era dividida em quatro núcleos: controle das operações financeiras (cujos crimes de lavagem de capitais estão ainda sob investigação), roubo dos veículos, adulteração de sinal identificador e documentação, além de receptadores dos carros. No dia 31 de março, foram apreendidas armas de fogo, munições, documentos veiculares falsificados, gabaritos para gravação de numeração identificadores, espelhos de documentos veiculares em branco, lacres para veículos, etiquetas contendo numeração de VIS (Vehicle Indicator Section) e veículos.



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